terça-feira, 2 de agosto de 2011

ENTREVISTA COM AVELINO SILVA, DIRETOR TÉCNICO NACIONAL


Jet Ski açoriano
com futuro brilhante

Na qualidade de diretor técnico da Federação Portuguesa de Jet Ski, como é que analisa a recente participação dos jovens pilotos do Angra Iate Clube no Campeonato Nacional de Jet Ski e no Encontro Nacional de Escolas de Jet Ski, eventos que decorreram em Mirandela? 
O balanço é bastante positivo, pois permitiu uma salutar troca de experiências com outros pilotos e treinadores. É com iniciativas desta natureza que os jovens pilotos podem evoluir e adquirir as necessárias competências, tendo, na circunstância, em vista o almejado relançamento da modalidade nos Açores.
Como é do domínio público, a Escola de Jet Ski do Angra Iate Clube é um projeto que arrancou há pouco tempo, mas tanto o clube como a Associação Regional estão de parabéns, atendendo a que têm realizado um enorme esforço no sentido de possibilitar aos jovens praticantes uma aprendizagem correta daquilo que é o jet ski, o que nesta fase inicial é deveras importante.
Sinto que as pessoas estão altamente empenhadas e motivadas, o que abre perspetivas animadoras. Há, agora, que manter a atual linha de rumo.
Pese as reconhecidas condicionantes do jet ski açoriano, como a falta de competição interna, o reduzido campo de recrutamento e a distância dos grandes centros, sente que existe qualidade intrínseca nos pilotos da Região que estiveram em Mirandela?Parece-me inquestionável que existe, de facto, imensa qualidade intrínseca, até porque, mesmo levando em linha de conta as condicionantes que apontou, os pilotos açorianos vivem rodeados de mar por todos os lados.  Há, digamos, uma espécie de historial genético que, em certa medida, facilita os métodos de aprendizagem. Aliás, Portugal é um país voltado para o mar, o que convida à prática dos desportos náuticos.
Compete-nos oferecer as ferramentas necessárias para que os pilotos, sobretudo os mais jovens, possam rentabilizar o trabalho em curso.
Ainda em relação ao talento dos pilotos dos Açores, fiquei bastante surpreendido com a evolução registada em tão pouco tempo, o que é, com certeza, sinónimo de qualidade. Posso acrescentar, a propósito, que ficámos com dois/três miúdos referenciados, atendendo às características inatas que apresentam para a prática do jet ski.
Acredita que esta nova fornada de pilotos pode relançar em definitivo o jet ski nas ilhas?Não tenho a mínima dúvida! O trabalho específico em execução baseia-se em processos sustentados e evolutivos. Assumimos que é uma aposta vocacionada para os mais jovens, o que não significa que os pilotos mais velhos estejam excluídos. É, no fundo, um trabalho de todos e para todos, visando a incremento do jet ski. Julgo, sinceramente, que este é o caminho correto.
A Federação Portuguesa de Jet Ski continua disponível para ajudar, dentro daquilo que lhe for possível, as associações e os clubes. Neste contexto, está em aberto a possibilidade de alguns jovens pilotos açorianos participarem, já em 2012, nas classes mais baixas do Campeonato Nacional. A acontecer, será, com certeza, um enorme passo em frente para o jet ski regional.
Com a postura que os dirigentes, treinadores e atletas revelam, estão reunidas as condições para que a modalidade adquira um espaço importante no panorama regional e nacional.

Fonte: Diario Insular

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